segunda-feira, 13 de junho de 2011
Os líderes “Kadafi” dentro das empresas
If you and I decided to start playing volleyball every day from now on it’s unlikely that we would be a member of the national team one day. But on the other hand we would play better and better day after day.
O processo de coaching surgiu para responder a seguinte pergunta: é possível desenvolver um líder? Ou seria a liderança uma característica inata e que, portanto, alguns possuem e outros não?
Ao longo do tempo, a resposta descoberta é: sim! É possível desenvolver líderes. Entretanto, se fizermos um paralelo com os esportes, se a partir de hoje você e eu começássemos a treinar vôlei todos os dias, é improvável que chegássemos à seleção brasileira. Por outro lado, é evidente que a cada dia jogaríamos melhor. E não sabemos qual seria nosso limite. O treino da liderança segue a mesma linha. Não é propósito do processo de coaching tornar alguém um Bill Gates, Jack Welch ou Antônio Ermírio de Moraes, mas sim torná-lo a cada momento um líder melhor.
Com o tempo, descobriu-se que desenvolver um líder nada mais é do que desenvolver um ser humano que, por vezes e por acidente, está em uma função de liderança. De fato, nestes dez anos no desenvolvimento de lideranças empresariais, tive a honra de conhecer uma empresária que é presidente da empresa pelo fato de seu marido, o fundador, ter falecido. Ela, com uma incrível coragem e força, assumiu os negócios em um momento crítico e manteve a empresa e os empregos de muitos no interior de São Paulo. Portanto, o que se desenvolve no processo é o ser humano.
Essa constatação me faz refletir sobre os critérios pelos quais as empresas avaliam seus líderes e o quanto isso tem provocado infortúnio nas organizações. Medir um líder pelo resultado que ele alcança é como dizer que uma pessoa é boa porque respira bem. Em outras palavras, é evidente que um líder tem de dar resultado, mas essa é uma condição higiênica – de sobrevivência. Ninguém deseja existir somente para sobreviver. Obter resultados financeiros é a condição mínima do líder e não a máxima. Criar uma cultura marcante, relevante e inspiradora, que desenvolva profissionais e novos líderes para o crescimento e perenidade da empresa são critérios mais abrangentes e significativos para se avaliar um líder.
Conheço empresas muito bem-sucedidas financeiramente, mas onde pessoas literalmente sofrem porque seus líderes são indivíduos com sérios problemas emocionais, desequilibrados e que não conseguem estabelecer um convívio sadio com seu liderados, pares e até mesmo com clientes e fornecedores. E ignoram a comunidade, é claro. Entretanto, não são ejetados das empresas porque dão resultados.
Nesses últimos dias, vejo estarrecido o que espero ser o ocaso da ultrajante trajetória de Kadafi na Líbia. Quantos sofrimentos e dores esse psicopata irá provocar, tornando sua saída tão onerosa e desgastante quanto possível. Impossível imaginar o que passam povos em países como Líbia, Coréia do Norte e Cuba, para ficarmos em poucos exemplos.
Mas, pela natureza de meu trabalho, penso e observo o que passam pessoas submetidas a líderes despreparados, emocionalmente instáveis e com comportamentos caóticos, mas que geram resultados.
Clima organizacional negativo, estresse continuado, alta rotatividade, apatia, entre outros, são sintomas de lideranças que não inspiram, que não tem propósitos elevados e, por causa disso, se apegam ao resultado como uma prova de que são bem-sucedidas. No longo prazo, as pessoas se revoltam, e isso pode ser de forma explosiva ou velada. Em qualquer dos casos, a empresa, a sociedade e os indivíduos sofrem, pois gastam muito mais energia do que seria necessário para preencher seus propósitos.
A alternativa é preparar líderes que se interessem por seu autodesenvolvimento como indivíduos, criem um propósito elevado para si e para a empresa, preocupem-se em desenvolver outros líderes e aprimorem continuamente seus liderados. Quanto ao resultado, que tenham foco no equilíbrio deles no curto e longo prazos, em como alcançá-los de modo a investir menos energia e causar menor desgaste aos que o cercam. Pois, assim, poderão contar com as pessoas por muito tempo e crescer.
Isso exige muito preparo e capacidade de lidar com fatores humanos que são extraordinariamente complexos. Mas é melhor um líder se desenvolver e aprender a lidar com a complexidade dos sistemas humanos, como é o caso da empresa e da comunidade ao seu redor (offline e online), a endurecer em suas ideias e seus comportamentos para assegurar os resultados sem levar em conta as pessoas. Nas empresas e no mundo, este é um momento de muita reflexão sobre que tipo de liderança desejamos fomentar.
Silvio Celestino
Marcadores:
aula de ingles,
curso de ingles,
Escola de Inglês,
ingles de negocios,
ingles para executivos,
Os líderes Kadafi,
silvio celestino,
Wall Street Institute.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário