quinta-feira, 7 de julho de 2011
Influência do Estado Emocional na Vida Profissional
In spite of their differences women have very similar concerns.
Um heterogêneo grupo de mulheres reuniu-se na noite de 24/março para refletir sobre a “Influência do Estado Emocional na Vida Profissional das Mulheres”. Apesar de oriundas de trabalharem em diferentes áreas (entre as quais: arte educação, publicidade, saúde, administração, educação pré-escolar, memória empresarial, terceiro setor, jurídica, marketing, decoração e finanças), inquietações muito similares relacionadas ao tema foram identificando o grupo.
Esta foi uma das palestras realizadas dentro do Ciclo Mulheres e Poder, organizado pelo Wall Street Institute, Livraria Cultura e parceiros, entre os quais, o Projeto Instigar. Mas muito mais do que uma tradicional palestra, minha proposta foi transformar o evento em um encontro, onde fosse possível realizar trocas efetivas entre as participantes.
A primeira questão que instiguei o grupo a pensar foi a necessidade de desconstruir o próprio título da palestra. Uma vez que o ser humano é pulsional por natureza, o estado emocional está constantemente presente, e portanto não é possível manter uma compartimentalização saudável entre “vida emocional” e “vida profissional”. O fato é que o nosso estado emocional está constantemente influenciando nossa vida, tanto em âmbito pessoal quanto profissional – isto é indissociável.
O assunto é bastante amplo, então o recorte proposto ao grupo foi analisar os processos psíquicos por trás de duas questões importantes e bastante comuns: a ansiedade e a destrutividade. E como estas duas questões se colocam no contexto de trabalho.
Porém, seguramente a segunda parte do encontro foi a mais importante, onde o grupo foi convocado, com base na análise teórica realizada e nas experiências emocionais das participantes, a construir um conhecimento grupal sobre formas mais saudáveis de se lidar com as questões discutidas.
Apesar de não ser possível reproduzir neste curto artigo a experiência vivenciada pelo grupo durante esta atividade, compartilho aqui anotações de algumas expressões chave construídas pelo grupo:
•Acerte as contas com você mesma, não tente achar as respostas nos outros;
•Sinta-se humana: reconheça que sentimentos existem e legitime isto;
•Dê espaço para viver a tristeza, não se submetendo à imposição da sociedade ao “culto à felicidade constante”;
•Não se desmereça, valorize-se;
•Aceite os seus limites, sem cobranças e culpas;
•Perceba como o processo é cíclico;
•Exercite sua resiliência;
•Lide melhor com a auto-destrutividade, gerenciando-a e transformando-a;
•Reconheça qual o gatilho vai disparar as situações de ansiedade e fique um passo antes;
•Exercite o auto perdão;
•Reconheça que o outro existe;
•Peça perdão ao outro;
•Transforme os “não ditos” do grupo de trabalho em uma questão coletiva, para ser solucionado pela coletividade;
•Envolva e comprometa outros atores e parceiros em nome da área, usando caminhos alternativos;
•Conviva melhor com os “jabutis”, sendo mais política e preservando-se.
Espero que este resumo da construção do grupo instigue você a repensar formas mais saudáveis de lidar com o seu estado emocional na sua vida profissional.
Cuide-se!
Débora Andrade
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