segunda-feira, 4 de julho de 2011

DO I HAVE TO SPEAK ENGLISH?


If you don’t like English the bad new is Yes, you must speak English. But the good new is, as Barack Obama would say, “Yes, you can”.

Duas cenas me impressionaram esta semana na TV. A primeira delas foi assistindo a reprise da novela Vale Tudo. Muitos de vocês que estão lendo este texto talvez nem tivessem nascido na época. Vale tudo é uma novela de 1988 e é impressionante como é tão atual. Em uma cena, um dos personagens estava indo para um jantar e comentava com a esposa que esperava que não o colocassem sentado perto de nenhum convidado cuja língua nativa fosse o espanhol, já que ele não tinha tanto domínio da língua e que achava horrível os brasileiros de um lado, falando “portunhol”, crentes que estão sendo entendidos e os nativos de língua espanhola crentes que nós brasileiros estávamos entendendo; e que ele achava incrível como "até hoje - lembre-se que estamos falando de 1988 - o Brasil ainda não tinha investido mais na língua espanhola , inclusive nas escolas". Outro fator me chamou a atenção para esta questão do aprendizado de uma língua estrangeira ao ler o livro do Bernardinho, técnico da Seleção Brasileira de vôlei. Em um determinado capítulo, ele diz que o vôlei tomava muito do seu tempo, que era difícil conciliar os estudos com o esporte, mas a única coisa que o pai dele fazia realmente questão era de que ele continuasse o curso de inglês e citava o pai: “Inglês já não é mais o diferencial. Inglês agora é obrigação, coitado de quem quer entrar no mercado de trabalho sem saber falar inglês!". Mais uma vez , lembro de que estamos falando dos anos 80, que por mais que estejam na moda, já se foram há muito tempo!

Então, por que usar dois exemplos tão antigos? Pelo simples fato de que eles são muito atuais. Não progredimos? Parece que infelizmente, nestas questões, não e muita gente ainda não entende isso. Não estou aqui para dar a fórmula mágica para vocês e, mais uma vez, eu digo: para nós, secretárias, língua nenhuma é diferencial, é praticamente uma obrigação de uma boa profissional da área administrativa e por vários motivos: recepcionar visitantes, organizar eventos, atender telefone, escrever cartas, tudo vai girar em torno não só de sua própria língua corretamente falada e escrita (por mais complicada que nossa língua seja) e da língua ou línguas importantes para o business de sua empresa. Mas sem querer “puxar a brasa pra nossa sardinha”, não importa o business ou a nacionalidade da sua empresa: o inglês é a língua do mundo corporativo.

E, por fim, tivemos em um determinado mês um visitante ilustre: o presidente Barack Obama. Ao contrário dos dois fatos mencionados acima, talvez tenha mudado algo na política de boa vizinhança. Há 23 anos não imaginaríamos um presidente americano, negro, nos visitando e sabendo - ao contrário de Reagan - que aqui não é a Bolívia e que nossa capital não é Buenos Aires. Obama pode ter aprendido rapidamente meia dúzia de palavras, mas o mais importante é que ele fez a lição de casa. Além do amor de sua mãe pelo Brasil por causa do filme “Orfeu”, Obama se informou até sobre o jogo de futebol! Seja para fazer média ou não, ele procurou conhecer o terreno, saber como eram as pessoas, como era o país que ele vinha visitar. Que tal levarmos essas três lições para a nossa vida? O investimento numa outra língua (ou mais de uma), o inglês como uma habilidade e não um diferencial e principalmente: fazer a lição de casa, conhecer o terreno, saber onde pisa. Não podemos controlar as adversidades da vida ou saber exatamente onde tem mina em um terreno, mas a preparação faz sempre a gente ter um mapa de onde queremos chegar.

Um abraço e até o mês que vem.

Regina Rezende

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