sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Síndrome de Burnout: quando o paciente é o local de trabalho


When the company does not have an appropriate work environment it may become ill and thus negatively affect something very precious: the health of its employees.

Todo final de domingo, André começava a sentir irritabilidade, taquicardia, sudorese excessiva e muita tristeza. Todos estes sintomas começaram a aparecer após André assumir a Diretoria Financeira de uma importante multinacional. Apesar de todo o preparo e experiência, oriundos de uma carreira de sucesso, André também começou a perder a motivação e a questionar a sua capacidade. Por diversas vezes, quando se deparava com algum problema profissional, ele se sentia fracassado, incapaz e imediatamente trazia a culpa para si.
Percebendo que não estava conseguindo superar essas dificuldades, André procurou a área de RH da empresa que o indicou para um especialista. Após uma análise mais aprofundada do seu caso, André foi diagnosticado com a Síndrome de Burnout , ficando surpreso e ao mesmo tempo preocupado, afinal, como muitos profissionais, ele não conhecia essa patologia.
A Síndrome de Burnout é considerada um tipo de estresse ocupacional, sendo que as condições e o ambiente de trabalho são fundamentais para que essa Síndrome se desenvolva. Empresas que incentivam a competitividade ao extremo, tem rotinas extenuantes, cobranças intensas de chefias e a pressão em atingir metas quase impossíveis terão grandes chances de ter em seus quadros colaboradores da Síndrome de Burnout. Obviamente, a sua manifestação depende muito mais da reação individual e da forma com que cada indivíduo enfrenta os problemas que surgem na sua rotina profissional.
As principais características da Síndrome de Burnout são:
SINTOMAS EMOCIONAIS: avaliação negativa do
desempenho profissional, esgotamento, fracasso, impotência, baixa auto-estima;
MANIFESTAÇÕES FÍSICAS OU TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS: fadiga crônica, dores de cabeça, insônia, úlceras digestivas, hipertensão arterial, taquicardia, arritmias, perda de peso, dores musculares e de coluna, alergias, lapsos de memória.
ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS: maior consumo de café, álcool e remédios, faltas no trabalho, baixo rendimento pessoal, cinismo, impaciência, sentimento de onipotência e também de impotência, incapacidade de concentração, depressão, baixa tolerância à frustração, ímpeto de abandonar o trabalho, comportamento paranóico (tentativa de suicídio) e/ou agressividade.
Antes de concluir, é importante ressaltar que, apesar de encontrarmos profissionais que tem total capacidade de assumir posições muito complexas, há situações em que o limite é ultrapassado e, por consequência, o corpo e a mente sinalizam o abuso, e é neste momento que os sintomas começam a aparecer. E foi exatamente o que aconteceu com André, pois ele não colocou o limite, mas em contrapartida o seu corpo o alertou. Após 6 meses de tratamento com medicação e psicoterapia, André não se curou, apenas voltou ao que era antes, afinal ele não precisava mudar. O que precisava mudar eram a cultura e o ambiente de trabalho que ele estava inserido, pois este sim estava doente. Mas hoje, quem está feliz mesmo é a concorrente da empresa em que André trabalhava, afinal ela, por ser bem estruturada e ter um excelente ambiente de trabalho, possui em seu quadro de colaboradores um grande profissional... Você que o diga, né André!

Milene Rosenthal

Um comentário:

  1. SOU PROFESSORA E NO ANO PASSADO,MAIS PRECISAMENTE EM FEVEREIRO COMPLETEI 25 ANOS DE TRABALHO EM SALA DE AULA.dURANTE 25 ANOS FIZ TUDO CERTO, NÃO FALTEI TRABALHEI DIREITO(SOU PRO DO ENSINO FUNDAMENTAL I),AASSIM QUE COMPLETEI O TEMPO DE TRABALHO PEDI MINHA APOSENTADORIA E ESSE ANO DESCOBRI QUE NADA FOI FEITO E PARA PIORAR PERDI A CLASSE,MUDEI DE ESCOLA ....MEU HORÁRIO É HORRÍVEL AS COLEGAS TAMBEM..NÃO TENHO PACIENCIA COM OS ALUNOS(6 ANOS) TENHO VONTADE DE SUMIR...NÃO ALMOÇO...VOU PARA ESCOLA DE MAU HUMOR,ESTOU TOMANDO REMÉDIO PARA DORMIR.....ME SINTO NO INFERNO E TUDO ME DEIXA DE SACO CHEIO ...NÃO QUERO TRABALHAR MAIS

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