quarta-feira, 2 de março de 2011

To be or not to be?


“Are you fluent in English?” Why such an apparently simple question can take you to such a wide discussion? And how would you answer this question?

Ao participar de um grupo de discussão recentemente, vi-me envolvida em uma polêmica sobre o que é ser fluente em inglês e isso me lembrou o que discutimos na edição passada, sobre a necessidade de se falar inglês nas empresas e, depois de ser contratada, não haver a demanda e a pessoa acaba “enferrujada”. Deixo uma pergunta para vocês: é melhor ser realmente qualificada e na hora em que precisar do inglês, saber se expressar, ou é melhor se acomodar achando que nunca vai precisar falar inglês? Acho que nem preciso responder, não é? Hoje, pode-se não usar o inglês na empresa onde trabalha, mas lembre-se de que nada é imutável. Amanhã, você pode estar em outra empresa onde ele será necessário, portanto continue praticando, como eu sempre digo. Afinal, somos ou não somos secretárias bilíngues?
Mas voltando à questão da fluência. O tópico central do grupo era sobre fluência mas foi divagando e chegou até mesmo à nossa língua portuguesa. Como o próprio nome diz, fluência vem de “ser fluente”, “fluir”. A sua conversação em inglês flui? Você consegue se comunicar e ser entendido? Sendo assim, Joel Santana, com toda sua desenvoltura e sem nenhuma insegurança em seu discurso “bafana bafana”, pode ser
considerado fluente (com certeza ele se considera assim). Se ele consegue ser realmente compreendido pelas pessoas, aí já é outra história.
Certa vez, ouvi um ótimo exemplo: se um 'gringo' vem ao Brasil e fala: "Eu fui para o Bahia e tomar muita cocô gelada!" nós vamos rir um pouquinho e corrigir explicando que existe uma grande diferença entre "côco" e "cocô" mas vamos entender a mensagem. Porém, dependendo do país para onde você vá ou esteja, se você falar qualquer coisa um pouco diferente da pronúncia, da entonação, da realidade em que eles vivem, eles não entendem e muitas vezes não fazem esforço para entender.
O assunto é muito amplo e com certeza voltaremos a ele em outras edições. Mas fica aqui a minha opinião, como secretária e como professora de inglês com bastante experiência: se você quer aprender uma lingua, aprenda direito, “respeite” a língua como ela é, não compare com a sua (até porque nossa língua está longe de ser a menos complicada), tenha interesse pela cultura do país, não ache que “é tudo a mesma coisa”. Você não precisa sair por aí citando Shakespeare, mas também não pode falar "nós vai" ou "a gente fomos".

Regina Rezende

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