sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Como você lida com a sua ansiedade?

Why has Brazilian population increased the use of black belt medicine against anxiety as Rivotril? How do YOU deal with your anxiety?

Considerando a experiência clínica dos últimos anos, é comum observar que a ansiedade está entre uma das queixas mais frequentes daqueles que buscam o tratamento psicanalítico. Até mesmo para quem não é especialista nesta área, não há nenhuma novidade em relação a isto.

Porém recentemente tive acesso a este dado quantitativo: o Rivotril (remédio contra a ansiedade) é o segundo remédio mais vendido no Brasil, perdendo apenas para uma marca de anticoncepcional. (Fonte: IMS Health, publicada na revista Época em Fev/2009)

Este dado é alarmante!

Certamente há casos muito graves em que o grau de ansiedade é tão elevado que quase impossibilita que as pessoas consigam minimamente se organizarem frente as suas vidas, nas quais ansiolíticos são um coadjuvante importante.

Porém, não me parece ser exatamente este o caso de todas as pessoas participantes desta triste estatística. Quantas destas pessoas não apelam para o uso de ansiolíticos apenas como uma “fuga”, pelo simples fato de não estarem dispostas a lidar com as dificuldades inerentes do seu dia a dia?

O artigo da revista Época levanta hipóteses interessantes para explicar este fenômeno, mas meu interesse aqui é questionar como você se coloca frente a isto: Como VOCÊ lida com a SUA ansiedade?

Além dos sintomas físicos como insônia, alterações do apetite, taquicardia, respiração ofegante, tremores, sudorese, sensação de vertigem, impaciência etc. Em termos leigos, podemos dizer que a ansiedade envolve uma intensa preocupação com o que está por vir... o que está por acontecer... através da aceleração do pensamento, se “pré-ocupando” com todos os fechamentos e consequências possíveis para aquela situação.
Você se identificou com esta descrição?

Na perspectiva psicanalítica, o foco de interesse não reside em minimizar tais sintomas, e sim na investigação e elaboração da causa raiz da questão.

Quais são as situações de vida que você está submetido que estão gerando ansiedade? Quais são os riscos e os medos relacionados aos possíveis desfechos destas situações? Quais são as reais dificuldades em se lidar com estes riscos? Em outras palavras, quais são os conflitos psíquicos inconscientes envolvidos nestas situações que geram ansiedade?

Sem tratar estas questões, o uso de ansiolíticos é apenas um paliativo temporário, um “atalho”, para tentar eliminar sintomas. Mas o que acontece ao se suspender a medicação sem ter trabalhado a “causa raiz” psíquica do problema? A cada nova situação estressante, a ansiedade volta!

Independente do método usado, o essencial é que a pessoa se implique no seu processo de evolução. Ou seja: se comprometa a realizar um trabalho psíquico. Neste sentido, o objetivo da terapia é auxiliar na criação e fortalecimento de ferramental psíquico que possa ser acionado e utilizado em novas situações estressantes de vida que certamente estão por vir. Permitindo, desta forma, que se encare as novas situações por ângulos distintos e de forma menos sofrida, consequentemente, reduzindo a ansiedade. Para isto, é necessário, acima de tudo, disponibilidade para um investimento emocional.

E você? Quer apenas eliminar sintomas? Ou quer desenvolver ferramental psíquico para lidar de forma menos sofrida com novas situações que podem gerar ansiedade?

Débora Andrade

Um comentário:

  1. In my opinion, it happens when mainly because of the though of necessity to be in control of things all the time. When we accept that we there is a limit for our overview, we get less anxious. We should always try to find balance of we can and can't control. But how can we find it? Is it possible or just utopia?

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